Quais papais e mamães não ficam curiosíssimos para saber o sexo do bebê assim que o teste aponta que estão “grávidos”? O prazer de poder já chamar o pequenino da barriga pelo nome, escolher as roupinhas adequadas ou até mesmo decorar o quarto de acordo com o sexo do bebê são desejos de quase todos os pais. O que acontece na maioria das vezes é que papai e mamãe têm que esperar até mais ou menos a décima sétima semana de gestação para realizar uma ultrassonografia e assim saber o sexo do pimpolho que está dentro da mamãe. E tem ainda o risco do bebê ser muito “tímido” ou “travesso” ficando de perninhas fechadas, cuja visualização do sexo na ultrassonografia pode ficar impossível.
A determinação do sexo fetal, também conhecida como sexagem fetal, é uma nova técnica para determinação do sexo do bebê, realizada com uma amostra de sangue da mãe. Este teste está baseado na identificação de fragmentos do cromossomo Y originados de células fetais da placenta presentes na circulação materna. Como apenas indivíduos do sexo masculino possuem esse cromossomo dentro de suas células, a presença destes fragmentos indica a gestação de um menino e sua ausência indica uma menina.
Quem pode fazer o exame?
Qualquer mulher grávida que assim o desejar. O teste não detecta gravidez, assim, se uma mulher que não estiver grávida fizer o teste, este apontará resultado de menina, pois apenas identificará a ausência de DNA masculino. Este teste não é recomendado em mulheres que foram transplantadas ou receberam transfusão sanguínea, pois já foi demonstrado que células do doador de sangue podem se implantar no receptor e com isso interferir no resultado (produzir um resultado falso masculino).
Há uma idade gestacional mais apropriada para a realização do teste?
Sim. O teste só deve ser realizado após a oitava semana de gestação.
O fato de a gestante ter tido gestações anteriores de meninos ou meninas interfere no resultado?
Não. O DNA fetal é rapidamente eliminado da circulação materna após o parto.
E se a gravidez for gemelar (gêmeos)?
Para gêmeos idênticos (chamados de univitelinos) o resultado é válido para ambos os bebês. Para gêmeos fraternos (presença de duas placentas) a presença de DNA masculino significa que ao menos um dos gêmeos é menino. Se o resultado do teste for menina, indica que ambas as gêmeas são meninas. Em gestação gemelar pode acontecer a perda de apenas um dos fetos. Neste caso pode ocorrer resultado falso positivo se o feto viável for feminino e o feto que não sobreviveu for masculino. Isto porque a placenta do feto que não sobreviveu pode permanecer viável por um período prolongado e o DNA fetal detectado nesse teste provém da placenta.
Pode haver resultado inconclusivo?
Sim, em aproximadamente 5% dos casos. Nesses casos a conduta adequada é a solicitação de uma nova coleta 2-3 semanas depois, para uma certeza maior no resultado.
O teste pode indicar alguma anomalia com o feto?
O princípio do teste é a descoberta de material genético masculino na circulação materna e, portanto, não é possível determinar alterações genéticas no feto.
O teste acerta 100% dos casos?
Não. Como qualquer teste biológico ele tem limitações que podem levar a uma indicação errônea do sexo do bebê. Entretanto estas dúvidas podem ser minimizadas com a repetição do ensaio.
Pode ocorrer divergência entre o ultrassom e o teste de sexagem fetal?
Sim. É possível que isto ocorra, pois nenhum dos dois métodos tem 100% de acerto.